O rolamento arranha o caminho, ambos fartos da sua inutilidade.
São de materiais diferentes, dão-se mal.
O caminho sabe o seu propósito,
mas a roldana acha que foi feito para si,
julga que é esse o seu único propósito.
Será.
…mas o caminho quer ter outra função
e quem é alguém para dizer qual a utilidade de outrem?
A porcaria da roldana é só um bocado de lixo futuro,
ou, na melhor da hipóteses, será um dia entulho para construir o caminho.
O caminho sabe da sua importância e portanto despreza a inutilidade dos que o usam apenas para chegar a outras desimportâncias.
Não saber que o caminho é a verdadeira Importância, é como passar pela vida apenas com o intuíto de chegar à morte.
De qualquer maneira, mesmo que alguém queira ir por outro sítio que não o caminho, nunca o conseguirá. O caminho será sempre o que fôr caminhado. Mesmo que se escolha ir por caminho nenhum, será esse o caminho.