dEUs

Os outros são como nós.
Temos sempre a sensação que somos um bocadito diferentes, que somos mais um bocadito, ou menos um bocadito.
Deus não vale nem mais um chavo do que tu. Não é mais importante, não tem mais poder, nem energia.

Ti          
Maio 2009

Guardar

Se desejares riqueza, ou poder, ou luxúria, será isso que guardarás – serão esses os teus tesouros.

Se desejares Amor, ou bondade, ou força, será isso que guardarás – serão esses os teus tesouros.

Onde estiver o nosso tesouro, é onde estará o nosso coração.

02/2009

Pedras não existem.

– Ela não precisa de ninguém. Basta-se a si própria.
– Não acredites nisso, ninguém se basta. Há algumas pessoas que parecem autosuficientes, mas não são. Deves mesmo tentar ajudá-las, porque essas são as verdadeiras solitárias, são as que erguem montanhas à sua volta.
– Mas se o fazem é porque não querem que as transponham…
– Ou porque protegem algo de valioso e por isso desejam que quem consiga transpôr as montanhas, seja alguém com valor suficiente para isso.
– Hum… Não tinha pensado nisso…
– Então pensa também nisto. É nas montanhas mais ingremes e mais difíceis que se encontra a maior recompensa.
– Mas o valor do que está no topo da montanha pode não ser grande para mim, mas apenas para o que a construiu!
– A recompensa é chegar ao cimo da montanha, não o que lá estiver. E por isso é que quanto maior a montanha, maior a recompensa.

Ti              
Janeiro 2009

Liberdade.

Seguir os sinais não é fácil, às vezes enviam-nos para onde não queremos, obrigam-nos a caminhar descalços sobre brasas, dormir em camas de pregos, comer pão duro e beber àgua suja, mas invariavelmente a recompensa é espectacular.

O mestre, antes de ser um velho caduco, como gosta de se mostrar, foi um puto que sabia tudo, foi um rapaz sem rumo, desesperou por nada e até descobriu o sentido da vida no fumo de ervas estranhas. Fez tudo isto, mas não precisava de o ter feito… Teve a sorte de estar sempre atento aos sinais, mas não lhes obedeceu tanto quanto deveria, muitas vezes gastou quantidades incomensuráveis de energia em combates perdidos e mesmo assim, diz simplesmente que esse foi o seu caminho.

Hoje (que não é necessariamente hoje), disse-me que gosta da maneira como eu reago aos sinais – isto é – opto conforme as situações, ora obedecendo-lhes, ora fazendo tudo para os contrariar, a maior parte das vezes inutilmente… Acho que ele gosta especialmente quando eu uso recursos incriveis para atingir coisas que poderiam ser feitas em menos tempo e com muito menos desgaste. Quanto a mim confesso que também gosto de ver o quão parvo fui, depois de descobrir a solução fácil.

Claro que, como sempre, nem tudo lhe agrada. Ainda sobre os sinais, disse-me que posso optar por passar o sinal vermelho, esperar pelo verde ou até passar de olhos fechados, mas deve ser por opção e nunca por não ter visto o sinal!

De facto, quando estamos atentos aos sinais, somos mais livres! Não é por não os vermos que eles deixam de existir!

Ti             
Dezembro 2008

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