Egoísmo (ou o que importa)

…a verdade é que nem isso importa!
Nem sequer o Amor é assim tão importante!

Toda a humanidade não passa de somos uma bufa cósmica, e por mais barulhenta ou fétida, não há nada de memorável numa bufa!
Portanto não me venhas dizer que devemos todos amar-nos e ser fraternais. O que importa na vida é ela própria. Viver como quem cai de um precipício, ser egoísta até ao tutano, sugar a vida até a deixar seca!

Isso do amor é uma coisa criada por controladores de multidões!
É mais uma forma de Deus, mais um antídoto para o vácuo!

Vive! Tira tudo o que conseguires!
Se algum dia tiveres que responder pelo teu egoísmo, como se fosse uma coisa má, simplesmente tira prazer disso. A alegria vem de dentro e não há nada que venha de fora que não possa ser vencido com doses elevadas de não-querer-saber.
Se começar a pesar-te aquilo a que se chama consciência, tens aí um indicador de que estás com o egoísmo em baixa, destrói a “consciência”, mas só a dos outros, não a de ti.

do Amor, por Herberto Hélder

Sei poucas palavras de cor, mas estas ficaram-me impressas na mente há já muito tempo:

E por dentro do amor, até somente ser possível amar tudo, e ser possível tudo ser reencontrado por dentro do amor.” (Herberto Hélder)

O seu autor foi-se de entre nós. Leiamo-lo, quem sabe seremos mais…

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Lord Byron

Foi neste mesmo dia, no ano de 1788, que nasceu Lord Byron.

Foi ele que disse:

“Todo aquele que conseguir a alegria deve partilhá-la.”

Também disse:

“Enxugar uma só lágrima merece mais honesta fama, do que verter mares de sangue.”

E quantos de nós se vangloriam da força e da violência? Achando que ser mais forte é uma glória em vez de vergonha.

do Sentido

Tenho a impressão que não faço sentido
a lógica que muitas vezes fica aqui escrita neste site não parece ser inteligível. Ou melhor, parece ser difícil. Há escudos em que me poderia proteger; notando que as pessoas deste tempo não lêem, mas seria mentira. Nestes dias as pessoas lêem mais e lêem melhor; a única coisa que piorou foi o tempo. Não há tempo para ficar a baloiçar as palavras nos carroceis da imaginação, nem tampouco para procurar sentidos nos nossos próprios recônditos, muito menos para sentir o frio de quando nos é descrita a neve a cair sobre braços nus, ou o calor do quase-morrer de sede.
Nos dias que correm temos dezasseis segundos, duas ou três linhas, não mais do que isso. Mas também é nestes tempos de pressa que se vendem os enormes romances, muitas vezes em vários tomos com pesadíssimas centenas de páginas.
Nestes tempos os descobridores são obsoletos, não temos tempo para desembrulhar personalidades, tiramos conclusões definitivas em poucos segundos e preferimos sempre a novidade em vez da evolução.
Somos moscas!
Ou então sou só eu que não faço sentido.

Feliz

A borboleta está feliz!
talvez por ser borboleta e cumprir assim o seu destino
Houve uma altura em que era larva, nessa altura tinha medo, preferia manter-se no casulo, quentinha e protegida, sem precisar de ninguém, sem que ninguém esperasse grande coisa dela.
Foi por um triz que não se deixou ficar ali para sempre, tudo na vida até então tinha sido penoso e pouco compensador.Teria sido mais lógico simplesmente deixar-se ficar no momento mais confortável da sua curta existência, mas havia algo que a impelia a querer ver o futuro, uma espécie de esperança, talvez fé.
Arriscou arranhar o casulo com as minúsculas patitas e em pouco tempo estava a espairecer as magnificas asas douradas coloridas…

Os sábios dizem que as borboletas vivem muito pouco tempo…
…mas que sabem eles? Os sábios não voam!

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