Dedicatória a Supernova

Gostava de saber
se és tão intensa como dantes
Se algum homem te ama com metade da força que mereces
Se és sequer possível.

Não me parece.
Apesar de não te encontrar em nenhum obituário,
tenho como certo que não podes existir
Não como eras, não tu.
Podes haver como sombra do teu espectro,
mas não com o esplendor que serias se fosses.

A força centrífuga da tua paixão era tão grande que me projectou para longe
Mas aí eras ainda pequena,
uma Supernova

Agora deverias ser uma estrela
no mínimo
talvez até uma galáxia
…mas, por mais que procure
não te vejo a luz.
Isso só pode querer dizer uma coisa:

Transformaste-te num buraco negro,
onde a luz vai para morrer

Ainda tens tudo dentro de ti
mas tão implodido que nunca sairá
Pelo contrário
Tudo o que se aproximar
será sugado
Não és vazio
és criação de vazio.

Gostava de te ver com o brilho com que te imagino,
mas, se o tentar, provavelmente serei sugado para a inexistência.

Resta o que foi de nós.
O que é ou será de nós não importa.
Fiquemos nos mesmos lugares
Se há coisa segura são as memórias que nunca contamos.

É lá que ficarás. Para sempre.
Nas memórias secretas.
Com aperto de braços
e sorriso de canto de boca que só eu conheço.
Nem tu sabes quanto ainda cintilas no que passou.

Obrigado! Volta sempre que puderes! É bom saber de ti!

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