Xintoísmo

O Xintoísmo é a única religião genuinamente japonesa. As suas origens remontam à própria origem do povo japonês.

A prática do Xintoísmo não exije o abandono ou recusa de outras formas de manifestações religiosas. Não é uma crença exclusivista, uma vez que convive bem e até se complementa com outras religiões.

O termo “Kami-no-michi” é utilizado, apesar de a partir do século XI se ter adoptado a denominação adaptada do chinês “Xin-Tao”, que significa “Via dos Deuses”.

Devido a não terem sido criados códigos de leis explícitas, filosofia escrita ou definida, profetas ou um livro sagrado, que contivesse os dogmas para quem segue o Xintoísmo, muitos estudiosos não o consideram uma religião.

A sua base é de origem panteísta, com inúmeras divindades, as quais atribuem valor sagrado a todos os elementos da natureza. Na sua concepção, tudo no universo é divino, interligado e interdependente. Assim, não só os seres vivos, mas todos os elementos, visíveis e invisíveis da natureza, coexistem em harmonia tendo-se originado da mesma fonte.

O Xintoísmo diz que tudo é regido por forças de pureza “hare”, impureza “ke”, e a fusão de ambos “kegare”, formando uma das mais importantes características de seus rituais, a purificação de corpo e da alma, assim como a harmonia com a natureza.

O praticante familiariza-se e integra-se com a natureza, num relacionamento de intimidade, de reciprocidade, sabendo que dela retira o seu sustento e, portanto, deve retribuir de alguma forma. Assim, a sua sobrevivência depende do seu entendimento de toda a estrutura vital da natureza, considerando-a uma parceira e uma guia.

Contrária à visão ocidental dominante de que o homem é adversário da natureza, tentando dominá-la e subjugá-la, na concepção Xintoísta considera-se que o ser humano não pode viver em luta com a natureza, o que é interessante perceber, considerando as condições geográficas e climáticas do Japão que são, sem dúvida, uma das mais implacáveis do mundo, com vulcões ativos, intensos terremotos e furacões arrasadores.

Ao estudar o Xintoísmo, tem-se um bom entendimento da cultura japonesa, com a sua visão do mundo, que determina boa parte do comportamento do seu povo, sua capacidade de adaptação e aceitação de novas ideias, preservando as antigas, a sua recepção a novas culturas, o seu comportamento valorizador da higiene e da saúde e o seu nacionalismo sempre presente.

Mesmo mesclando-se com outras religiões e com vários desdobramentos, o Xintoísmo deixa uma herança que, com certeza, auxilia a receptividade do povo nipônico, fazendo com que o exclusivismo, principalmente no campo religioso, seja anulado ou pelo menos, pouco praticado no Japão.

Fonte: http://www.xr.pro.br/monografias/xinto.html

2 opiniões sobre “Xintoísmo”

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