O anjo estava cabisbaixo, com o olhar baço.
Ana, nesse dia, olhara-o nos olhos já por várias vezes, enquanto implorava pela sua ajuda.
Os olhos marejados daquela menina tinham em si beleza suficiente para desempedernir qualquer coração, mas o anjo estava oco e não sabia o seu lugar no mundo.
Chamava, chamava, mas não vinha
ficava ainda menos, porque nada respondia
chamava, chamava, até que a voz se esvaía
Nada, nim, era tudo o que tinha
Gritava! Gritava!
tão baixinho que que ensurdecia o anjo
inapto, inútil
sem vez, sem força
Como se o Sol, a Fé e o Mar
fossem só resistência eléctrica, quererzito ou pingas
e em quanto menos se tornava
em mais ficava a sua derrota
e mais se batia,
mas não cumpria
Ao anjo bastava esticar o braço
e passar a mão invisível pelos cabelos,
mas não tinha para tanto…
…
e era tão pouco.
Ti
Julho 2009
=)!
vou te esmagar este fim de semana=)
GostarGostar