Meu Amor:
É a ultima vez que me refiro a ti assim.
Fui o melhor que consegui, enquanto estive contigo e fui muito feliz nesse tempo, mas agora é chegada a altura em que tenho que partir, porque assim me manda o coração.
És precioso e sei que te darás bem no que quer que seja que escolhas fazer. Adorava poder ficar para sempre do teu lado, como “tua irmã”, mas sei que nunca vais ser meu do modo que eu queria. Mesmo sabendo que me estimas muito e que a dedicação que me tens não será atingível, tenho que ir, porque sei que um dia estarás com alguém e isso seria a única coisa que eu não conseguiria aguentar…
Só de pensar nisso dá-me um aperto, que pareço ficar com o sangue paralisado…
As pessoas, que não deuses como tu, precisam de trabalhar muito para conseguir o mesmo que tu consegues com uma só respiração, e eu quero ser tão feliz como tu…
É verdade que nunca fui tão feliz como nos momentos em que estou contigo, mas quando te vais embora (e vais tantas vezes), dói tanto que pareço quase não aguentar. Provavelmente a culpa disso é também tua – antes de ti eu vivia sem grandes sobressaltos, mas gostava da minha vida, depois quando apareceste com a tua calma aparente, mas interior em ebulição (já te disse que és um Vesúvio), deste a volta ao meu mundo.
Sinceramente devia agradecer-te, por me fazeres descobrir que a vida pode ser assim tão intensa, mas às vezes dá-me uma raiva!!
Não consegues perceber porque é que não podemos continuar a ver-nos todos os dias, como sempre.
Um coração deve bater, não pode parar, mas também não pode passar a vida inteira em sobressalto.
Até sempre, meu Amor…
Vânia. Janeiro de 2009
Profundo, mas os corações são para bater, devagar, acelerados, mas sempre a bater, nunca parar, até áquele dia…
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