Tenho tesouros aos magotes para dar ao dono do meu coração;
mas ele não és tu, porque ficas agradecido quando te dou presentes e achas que sou maravilhosa, só com as migalhitas que te dou.
Eu queria tanto que fosses tu o meu homem.
Tens-me desde o primeiro “Olá”, mas insistes em ver-me como uma espécie de irmã mais velha e eu, cobarde, aceito esta condição. Mesmo querendo que passes o tempo todo comigo, aconselho-te a fazer o que está certo em vez de te fazer ficar, em vez de tecer a teia que sempre funciona quando quero apanhar uma “presa”.
Nunca estive tão frágil – por isso é que a minha tia amarga dizia para nunca me apaixonar – que devia arranjar um homem bom e gostar dele, mas sem nunca perder a cabeça – nessas alturas ficamos completamente vulneráveis, sujeitas a todos os caprichos de que se lembrem…
Gostava de te mostrar os tesouros que pertencem ao dono do meu coração, mas sei que te podias apaixonar por eles e eu quero-te para mim.
Hoje vou sair, rodeada de homens bonitos. Deseja-me a sorte que me queiras…
Vânia
Dezembro 2008
Doce Coração
O que me faz chorar?
O que me falta sofrer?
Sensações, dores e perderes.
O que me amargura?
O que me derruba?
Ausência, solidão e abandono.
Pois em ti me agarro, me sustento no ar.
Meu balão de ar quente, no fim de tarde da vida.
A te defendo com a vida, a vida que me dás.
Continua nesse bater, meu doce coração
É aí de deves guardar esses tesouros, são teus, aconchega-os com o carinho que só alguém que tem um grande coração, o sabe fazer.
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